Introdução
Uma gestão de estoques eficiente é essencial para manter a operação logística ágil, evitar perdas e garantir a satisfação do cliente. Entre os principais métodos utilizados pelas empresas para organizar a saída de produtos estão o FIFO, o FEFO e o LIFO.
Neste artigo, vamos explorar o que significa cada sigla, como funcionam na prática e quais são os impactos operacionais, financeiros e fiscais da escolha de um método ou outro.
O que são FIFO, FEFO e LIFO?
- FIFO (First In, First Out) – “O primeiro que entra é o primeiro que sai.” É o modelo mais comum na gestão de estoques, especialmente em setores onde os produtos têm validade ou sofrem obsolescência, como alimentos e eletrônicos.
- FEFO (First Expire, First Out) – “O primeiro a vencer é o primeiro a sair.” Esse método prioriza a saída dos produtos com vencimento mais próximo, independentemente da ordem de entrada. É essencial em indústrias farmacêuticas, alimentícias e cosméticas.
- LIFO (Last In, First Out) – “O último que entra é o primeiro que sai.” Muito mais utilizado em ambientes contábeis e financeiros, o LIFO prioriza o uso dos produtos mais recentes. Pode ser vantajoso em contextos inflacionários, mas não é permitido por normas contábeis internacionais (IFRS).
Vantagens e desvantagens
Método | Vantagens | Desvantagens |
FIFO | Reduz perdas por vencimento, facilita auditorias, melhora a rotatividade | Pode gerar lucros maiores em períodos inflacionários, elevando a carga tributária |
FEFO | Minimiza riscos de vencimento, aumenta conformidade regulatória | Exige rastreamento por lote e data de validade, o que requer sistemas mais robustos |
LIFO | Reduz lucro tributável em inflação, favorecendo o fluxo de caixa | Pode deixar produtos antigos no estoque por tempo demais e não é aceito por IFRS |
Aplicações práticas por setor
- Alimentos e bebidas: FEFO é indispensável para evitar vencimentos e garantir qualidade.
- Farmacêutico: FEFO também se destaca, pois a rastreabilidade é obrigatória.
- Varejo de bens duráveis: FIFO é preferido para manter a rotatividade e evitar desatualização.
- Indústrias químicas ou metalúrgicas: LIFO pode ser útil em ambientes estáveis, onde não há risco de vencimento.
Impactos fiscais e contábeis
Em países que seguem os padrões IFRS (como o Brasil), o LIFO não é aceito para fins contábeis. Ainda assim, pode ser utilizado internamente para controle de custos ou simulações de fluxo de caixa.
Já o FIFO, por priorizar produtos com custos mais antigos, tende a gerar maiores lucros contábeis em contextos de inflação – o que pode aumentar a carga tributária. Por outro lado, reflete melhor a realidade operacional e facilita auditorias.
Tecnologia como aliada
A adoção de sistemas WMS (Warehouse Management System) e ERPs com funcionalidades específicas para controle de validade, rastreabilidade e regras de picking é essencial para implementar FEFO de forma eficaz. Esses sistemas permitem:
- Registro por lote e data de validade
- Alertas automáticos para vencimentos próximos
- Regras de separação baseadas no método escolhido
- Integração com contabilidade e planejamento de demanda
Como escolher o melhor método?
A decisão sobre qual formato de gestão de estoques adotar deve considerar:
- A natureza dos produtos (perecíveis ou não)
- As exigências legais e regulatórias do setor
- Os objetivos financeiros e fiscais da empresa
- A maturidade dos sistemas e processos internos
Em muitos casos, uma empresa pode adotar diferentes métodos para categorias distintas de produtos. O importante é ter critérios claros e um sistema de controle capaz de garantir a execução da estratégia definida.
Conclusão
A escolha entre FIFO, FEFO e LIFO vai muito além de uma decisão operacional. Trata-se de uma estratégia que impacta diretamente os custos, a qualidade do atendimento, a conformidade regulatória e a saúde financeira da empresa.
Independentemente do método, contar com dados confiáveis e sistemas integrados é o ponto de partida para uma gestão de estoques realmente eficiente.
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